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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Viagem Através Dos Tempos


Já pararam para pensar como é bom ser criança? Eu tenho pensado muito nisso ultimamente e quanto mais penso no assunto, mais saudades tenho da minha infância.

Quando eu era uma criança, mal podia esperar para ser adulta, mas agora que penso nisso só me apetece voltar atrás no tempo. Sinto que não aproveitei bem a minha infância, por isso gostava de refazer o meu passado.

É incrível como a mentalidade das pessoas muda à medida que vão crescendo. Num dia somos crianças e só queremos brincar com os amigos, noutro somos adolescentes e só queremos crescer o mais rápido possível e conseguir a nossa liberdade, depois somos adultos e só queremos recuperar a nossa infância e, por fim, já cansados e envelhecidos pelo tempo desejamos que as próximas gerações aproveitem ao máximo enquanto podem para brincar, rir e amar, enquanto nós nos agarrámos à vida com todas as nossas forças ansiando pelo nascimento dos netos.

Eu sei que já não posso recuperar a minha infância, mas isso não é razão para ficar triste. Foi bom enquanto durou e eu ainda me posso divertir.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O Caminho A Seguir

Que mundo é este em que vivo? Que mundo é este em que tudo parece estar contra mim?... Não sei...Já nada sei. O fim da minha jornada está cada vez mais próximo e em vez de ter certezas, ainda tenho mais dúvidas do que aquelas que surgiram no inicio do meu percurso. Agora que chegou o momento de tomar uma decisão eu não sei o que quero para mim, as pessoas à minha volta dizem aquilo que esperam de mim, mas nunca me perguntam aquilo que eu quero e quando eu tento contar-lhes os meus planos para o futuro, eles arranjam argumentos para provar que as ideias deles são melhores que as minhas. Agora eu tenho medo daquilo que vem amanhã, nada é certo para mim, é como se existisse uma cortina de nevoeiro à minha volta e eu não conseguisse ver o caminho à minha frente. O que devo fazer? Quem devo ouvir? Quem devo desiludir?... Não sei...
Mas, talvez, não sei,... Olhem p'ra mim! Nem uma decisão consigo tomar... Mas agora é chegado o momento de controlar-me a mim própria, tomar as rédeas da minha vida. Durante anos deixe as coisas acontecerem, ouvi os outros e desisti quando vi que eles não me queriam ouvir. Mas agora vou mudar a minha vida, vou tentar fazer com que eles me oiçam, vou procurar-me onde me perdi e quando me encontrar irei em busca da minha felicidade. Esse é o meu futuro. A Felicidade!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Desilusões e medos

Sabem como é quando cometemos um erro e somos assombrados pelo medo de voltar a fazer o mesmo? É uma sensação horrível, sentimos que estamos a desiludir toda a gente à nossa volta e, por isso, tentámos não sair da área segura. O medo é tão grande que nem corremos mais riscos, deixámos de viver, de aproveitar o que na vida há de melhor. Tudo por causa de uma coisa tão insignificante como o medo. Mas, se o medo é assim tão insignificante, porque razão nos afeta tanto? Não sei, apenas sei que também eu me sinto assim de vez em quando. Há alturas em que o medo é tão grande que eu acabo por me desfazer em lágrimas, e fico com medo de sair de casa. Ficar em casa não era aquilo que me protegia, mas era o sítio onde me sentia mais segura.
Hoje eu não perdi os meus medos, mas houve alguém que me ensinou que não me ajuda em nada ficar trancada dentro de casa, por isso eu decidi tentar mudar a minha vida mesmo que tenha de correr alguns riscos. Afinal, nós corremos o risco de morrer a partir do momento em que começámos a viver. Havemos sempre de correr riscos, havemos sempre de cometer erros mas eu apenas vos peço um favor: Nunca cometam o erro de desejar a morte, a vida é a coisa mais preciosa que temos e não é para sempre, por isso devemos aproveitar ao máximo o tempo que passámos na Terra. Aproveitar para estar com quem amamos sem ter  medo da rejeição, correr em direção ao horizonte sem pensar no que virá amanhã, foi isso que eu aprendi. Agora só me resta descobrir quem sou e gritá-lo para todo o mundo me ouvir sem temer a rejeição.
Desilusões, medos e tristezas hão-de sempre existir mas o que realmente importa é que eu saiba quem sou e o que quero para mim.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Uma História De Ligações





  Eu vejo a amizade como um tesouro maior e mais valioso que o dos templários.
  Quando eu era uma criança sabia muito bem o que era a amizade, mas à medida que fui crescendo comecei a ter as primeiras desilusões. Aqueles que eu considerava meus amigos chamavam-me nomes que me faziam chorar, humilhavam-me, deixavam-me de lado como uma ferramenta estragada e só se lembravam de mim quando precisavam de se rir de alguém.
  À medida que o tempo ia passando, durante cerca de quatro anos, eu ia-me afundando cada vez mais num mar de escuridão. Tornei-me mais desleixada, tanto na escolha das roupas como na alimentação. Os dias iam passando lentamente, o meu peso ia aumentando e a minha auto confiança, o meu amor próprio ia-se perdendo nas sombras.
  A partir do ano seguinte as coisas melhoraram para mim, fiz novos e melhores amigos que me ensinaram que a vida não é tão negra como eu pensava. Com o tempo, os meus amigos ajudaram-me a mudar a minha perspetiva da vida e a ganhar mais confiança em mim mesma. As minhas notas na escola subiram e o meu peso baixou. O meu gosto pelas compras e pelo meu reflexo no espelho surgiram apenas aos 14 anos.
  O tempo foi passando e novas amizades foram nascendo, é certo que me separei daqueles que me ajudaram, mas isso não é razão para esquecer a nossa amizade. Estou-lhes muito agradecida pela coragem, pela amizade e por todo o carinho que me deram.
  Hoje estava a chover e na paragem encontrei uma amiga de infância. Apesar do peso que eu carregava, levei-a debaixo do guarda-chuva até à escola. Nós sorrimos uma para a outra, percebi então que a nossa ligação não tinha desaparecido.
  Mesmo que estejamos longe uns dos outros, eu não vejo razões para quebrar uma ligação. Afinal, gostámos uns dos outros.